No dia 9 de janeiro, os alunos do 11.º B, 11.º C e 12.º B de Línguas e Humanidades visitaram o Museu Amadeo de Souza-Cardoso e o Centro Histórico de Amarante. A visita foi conduzida pelas guias do Museu Amadeo de Souza-Cardoso. Iniciou-se no Museu, tendo a guia explicado de uma forma detalhada o percurso do pintor e o contraponto com o academismo vigente na altura. O acervo deste Museu é composto por coleções de arte portuguesa moderna e contemporânea, de onde se destacam obras de Amadeo de Souza-Cardoso, António Carneiro, Júlio Resende, Manuel Cargaleiro, Nadir Afonso, Vieira da Silva e José Guimarães. Existe também um núcleo de arqueologia concelhia e os célebres “diabos de Amarante”. Constatámos que Amadeo de Souza-Cardoso é a principal referência do Museu e a aproximação à sua obra torna-a em instrumento de uma pedagogia da modernidade, com os percursos visíveis do Cubismo à Abstração, com as notícias do Futurismo, as marcas do Expressionismo e as premonições do Dadaísmo e seus absurdos.
O Museu encontra-se instalado num antigo convento dominicano, anexo à Igreja de São Gonçalo de Amarante, cuja construção se iniciou no século XV e alongou até ao século XIX. O edifício, por si só, congrega diversas tendências da Arquitetura Portuguesa nos últimos séculos. Na década de oitenta do século XX, uma intervenção do Arquiteto Alcino Soutinho recuperou e readaptou o edifício para fins museológicos.
De seguida, outra guia conduziu-nos pelo Centro Histórico com especial destaque para a Igreja de São Gonçalo.
A visita de estudo em Amarante terminou com um resumo das invasões francesas. Durante a segunda invasão, os franceses, comandados pelo Marechal Soult, invadiram Amarante que foi saqueada e incendiada, tendo ficado incólumes apenas algumas residências familiares, destinadas a quartel-general e a hospital de campanha. São ainda visíveis alguns vestígios destes factos, nomeadamente no Solar de Magalhães, nos negativos de projéteis na fachada da igreja de São Gonçalo, nas telas perfuradas por baionetas da sua sacristia e nas pirâmides danificadas da ponte de São Gonçalo.
A ponte, marca, de facto, um dos aspetos mais significativos e decisivos da resistência à segunda invasão francesa que viria a ficar imortalizada como a “heroica defesa da ponte de Amarante”. Amarante seria galardoada com a condecoração da Ordem da Torre e Espada, que ainda hoje ostenta no seu brasão.
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